A audiência de conciliação realizada nesta quarta-feira (19) no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16) reuniu representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Maranhão, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do próprio tribunal para tentar avançar nas negociações da greve do transporte coletivo em São Luís.
A principal reivindicação dos rodoviários é a equiparação das condições de trabalho entre os setores urbano e semiurbano, com foco no reajuste salarial e no aumento do ticket alimentação. O MPT propôs um reajuste de 7% nos salários e 10% no ticket, os mesmos índices aplicados ao setor semiurbano, e pediu a suspensão imediata da greve.
O procurador-chefe do MPT, Maurício Pessoa Lima, ressaltou que as tratativas ocorrem desde novembro, sem avanços significativos, e que a mediação judicial é essencial para garantir uma solução equilibrada.
A decisão final será tomada pela Presidência do TRT-16 até esta quinta-feira (20). Enquanto isso, a greve continua, afetando milhares de usuários do transporte público na capital.
“UberBraide” ainda não saiu do papel
Apesar da aprovação unânime na Câmara Municipal na terça-feira (18), o projeto de lei que autoriza o uso de transporte por aplicativo financiado pelo município ainda não foi implementado.
A medida, sancionada pelo prefeito Eduardo Braide no mesmo dia, visa reduzir os impactos da greve para a população, mas até agora não há detalhes sobre como o serviço será disponibilizado.
Além de prever os vouchers para deslocamento, o projeto também inclui a realização de uma nova licitação para o transporte coletivo da cidade.
Com a paralisação entrando no quarto dia nesta quinta-feira (20), a incerteza sobre a efetivação do programa gera ainda mais dificuldades para os usuários do sistema.