O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) proibiu, nesta sexta-feira (21), a comercialização dos azeites Doma e Azapa após identificar fraudes em sua composição. Durante uma fiscalização conduzida pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), foram recolhidos 30,9 mil litros dos produtos adulterados.
De acordo com análises realizadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), as amostras continham outros óleos vegetais em sua composição, prática proibida pela Instrução Normativa nº 01/2012, que estabelece os padrões de identidade e qualidade do azeite de oliva no Brasil.
Azeite de oliva: um dos produtos mais fraudados do mundo
O azeite de oliva ocupa o segundo lugar no ranking dos alimentos mais adulterados globalmente, ficando atrás apenas do pescado. A fraude ocorre devido ao alto valor agregado, grande demanda e baixa oferta, tornando o produto um alvo frequente de falsificações.
Como evitar comprar azeite adulterado?
Embora a identificação laboratorial seja a forma mais eficaz de detectar fraudes, os consumidores podem adotar algumas precauções para garantir a qualidade do azeite. Confira as principais dicas da Câmara Setorial de Olivicultura de São Paulo:
✅ Prefira azeites jovens – Verifique a data de extração e escolha os mais recentes da prateleira.
✅ Atenção à validade – O produto fechado tem validade de até dois anos. Evite azeites muito antigos.
✅ Proteção contra luz e calor – Armazene o azeite longe de fontes de calor e luz direta.
✅ Verifique a vedação – Certifique-se de que a tampa está bem fechada e sem entrada de ar.
✅ Escolha embalagens escuras – A melhor opção é o azeite em garrafas de vidro escuro, pois protege contra a oxidação.
✅ Desconfie de preços muito baixos – Se o valor estiver muito abaixo do mercado, pode ser um indício de fraude.
✅ Consulte listas oficiais – Confira regularmente a relação de produtos irregulares divulgada pelo Mapa.
✅ Evite azeite a granel – A compra em grandes quantidades sem procedência confiável aumenta os riscos de adulteração.
A recomendação do Mapa é que os consumidores fiquem atentos e denunciem possíveis irregularidades. Para mais informações sobre produtos reprovados, é possível acessar o site oficial do Ministério da Agricultura.
Com informações de Daniela Walzburiech
