O ciclo de Dorival Júnior à frente da Seleção Brasileira chegou ao fim. Após um ano e 16 partidas no cargo, o treinador foi demitido nesta sexta-feira (29) pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em uma reunião na sede da entidade, no Rio de Janeiro. Além dele, deixam a comissão técnica os auxiliares Lucas Silvestre e Pedro Sotero, além do preparador físico Celso Resende.
A saída foi confirmada por meio de uma nota oficial da CBF:
“A Confederação Brasileira de Futebol informa que o técnico Dorival Júnior não comanda mais a Seleção Brasileira. A direção agradece ao profissional e deseja sucesso na continuidade de sua carreira. A partir de agora, a CBF trabalhará na busca por um substituto.”
Pressão e resultado decisivo
A demissão de Dorival já vinha sendo especulada nos bastidores, mas o desfecho foi acelerado após a goleada sofrida por 4 a 1 para a Argentina, na última terça-feira (26). O desempenho instável da equipe, aliado a resultados pouco convincentes, aumentou a pressão sobre a comissão técnica, culminando na decisão de Ednaldo Rodrigues.
Em seu pronunciamento à imprensa, sem responder a perguntas, o presidente da CBF afirmou que a busca por um novo treinador começa agora:
“Aquilo que se falava sobre contatos com outros técnicos antes da decisão não procede. A partir deste momento, vamos iniciar o processo para definir um novo nome que dará continuidade ao trabalho da Seleção.”
Ancelotti, Jorge Jesus e os possíveis substitutos
O italiano Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, segue como o nome mais desejado por Ednaldo para assumir o comando da Seleção, mas sua saída antes do Mundial de Clubes, em junho, é improvável. Com isso, o português Jorge Jesus, do Al-Hilal, surge como uma alternativa viável, já que estaria disposto a deixar o clube saudita antes do torneio.
Mais um técnico no ciclo da Copa
Desde a saída de Tite, após a Copa de 2022, a Seleção já passou por quatro treinadores. Ramon Menezes e Fernando Diniz comandaram a equipe interinamente antes da chegada de Dorival, que assumiu oficialmente em janeiro de 2024.
Agora, a CBF corre contra o tempo para definir o novo técnico, já que o Brasil tem compromissos importantes em junho, enfrentando Equador e Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
O desempenho de Dorival
Sob o comando de Dorival, a Seleção disputou 16 partidas, com um retrospecto de sete vitórias, sete empates e duas derrotas. O aproveitamento de 58,3% não foi suficiente para mantê-lo no cargo. No período, o time marcou 25 gols e sofreu 17.
Com a saída do treinador, a pressão sobre a CBF aumenta para encontrar um nome que possa reorganizar a equipe e conduzi-la com mais consistência até o Mundial de 2026.
