A implantação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Bacabeira avança com investimentos estimados em R$ 15 bilhões e expectativa de gerar mais de 30 mil empregos diretos e indiretos. O tema foi debatido na última sexta-feira (28) no Conselho Temático de Desenvolvimento Industrial e Inovação (CODIN), da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), durante palestra de Pedro Dantas da Rocha Neto, presidente da empresa administradora da ZPE.
Para viabilizar o funcionamento da ZPE dentro do prazo de dois anos, alguns desafios ainda precisam ser superados. Segundo Rocha Neto, a conclusão do licenciamento ambiental, a capacitação de mão de obra e a adequação da infraestrutura portuária são etapas essenciais para o sucesso do projeto.
Aprovada em maio de 2024 pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), a ZPE Bacabeira tem o objetivo de atrair indústrias de alta tecnologia, posicionando o Maranhão como um polo estratégico para exportação. Entre os setores beneficiados estão refino de petróleo, biocombustíveis, siderurgia, papel e celulose, eletrônicos e energias renováveis.
Projetos e desafios para o desenvolvimento da ZPE
Um dos destaques do projeto é a instalação de uma refinaria da Oil Group, voltada para a produção de combustível sustentável de aviação. Com investimento de R$ 9,1 bilhões, a refinaria terá capacidade para processar 50 mil barris por dia e deve gerar 300 empregos diretos.
Além disso, há um projeto em análise para a produção de hidrogênio verde (H2V) e amônia, que demandará R$ 25 bilhões e pode criar 400 empregos diretos. Outro investimento previsto envolve a fabricação de H2V e e-metanol, com um aporte de R$ 1,5 bilhão, projetando 600 empregos diretos.
Para viabilizar a operação da ZPE, melhorias na infraestrutura do Porto do Itaqui também estão sendo consideradas, garantindo suporte logístico para a chegada de insumos e o escoamento da produção.
Segundo Luiz Fernando Renner, vice-presidente executivo da Fiema e presidente do CODIN, o apoio do governo estadual será fundamental para manter o cronograma da ZPE.
“A ZPE pode transformar a economia do Maranhão, assim como aconteceu em estados como Ceará e Piauí. Se o governo estadual garantir os investimentos necessários, podemos cumprir o prazo previsto para a inauguração”, afirmou Renner.
Outro ponto discutido foi a possibilidade de criação de uma área dentro da ZPE exclusivamente voltada para empresas digitais, conforme sugestão do secretário de Desenvolvimento e Programas Estratégicos (SEDEPE), José Reinaldo Tavares.
A expectativa é que a ZPE Bacabeira comece a operar até 2026, consolidando o Maranhão como um polo industrial competitivo e atraindo novos investimentos para o estado.
Com informações da assessoria