Justiça manda Prefeitura reconstruir muro que protege casas de deslizamentos

A estrutura é considerada essencial para garantir a segurança de várias residências da região.
Justiça manda Prefeitura reconstruir muro que protege casas de deslizamentos em São Luís
Moradores cobram ação da Prefeitura após destruição de muro de contenção no Caratatiua (Foto: Reprodução)

A Justiça determinou que a Prefeitura de São Luís deve reconstruir, no prazo de seis meses, um muro de arrimo destruído em 2019 no bairro Caratatiua, entre a Estrada da Vitória e a Rua Mauro Bezerra. A estrutura é considerada essencial para garantir a segurança de várias residências da região, que sofrem com o risco de deslizamentos, especialmente durante o período de chuvas.

A decisão judicial, proferida pelo juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Direitos Difusos e Coletivos, atende a um pedido feito pela Defensoria Pública do Estado, que acionou a Justiça após anos de inércia do poder público.

Segundo os autos, o muro havia sido erguido para conter o terreno em uma área de risco. No entanto, a estrutura foi removida por uma retroescavadeira da empresa São Luís Engenharia Ambiental (SLEA), que prestava serviços à Prefeitura. Desde então, os moradores vivem em estado de alerta.

Inspeções da Defesa Civil confirmaram que a falta da contenção coloca em risco a estabilidade do solo e a segurança das moradias. Ainda de acordo com os relatos, a comunidade procurou a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), mas não teve retorno efetivo.

A sentença também obriga o Município a apresentar, em até 30 dias, um cronograma detalhado das etapas da obra. O juiz destacou que, mesmo sem prova definitiva de que a empresa tenha destruído o muro por ordem da Prefeitura, a responsabilidade pela segurança urbana recai sobre o Município.

“É dever do poder público garantir o direito à moradia e à segurança das famílias, ainda mais quando há risco iminente de desastres”, frisou Douglas Martins, lembrando que a Lei Orgânica de São Luís prevê vistorias periódicas e ações preventivas para garantir a salubridade das habitações.

Com informações da CGJ