A Polícia Civil de Goiás deflagrou, na manhã desta quarta-feira (9), a Operação Jogada Marcada, que apura um esquema de manipulação de resultados em partidas de futebol. A ação cumpriu 16 ordens judiciais contra suspeitos envolvidos nas fraudes, entre eles jogadores, treinadores e dirigentes de clubes. Segundo a investigação, o grupo teria movimentado ao menos R$ 11 milhões de forma ilícita, principalmente por meio de plataformas de apostas.
Foram expedidos nove mandados de busca e apreensão e sete de prisão temporária. Um dos principais alvos da operação foi o ex-árbitro de futebol Dguerro Batista Xavier, detido em João Pessoa (PB). Ele já havia sido afastado da arbitragem profissional após ser investigado na Operação Cartola, em 2018, que apurou fraudes no futebol paraibano. Mesmo assim, o ex-árbitro continuava atuando em partidas amadoras e mantendo contatos no meio esportivo.
Em entrevista à TV Cabo Branco, Dguerro negou envolvimento no esquema e disse desconhecer os motivos de sua prisão. Ele será interrogado e as informações colhidas serão encaminhadas à equipe de investigação em Goiás. O ex-árbitro deve permanecer preso por até cinco dias na Central de Polícia Civil de João Pessoa, período previsto para prisões temporárias. Caso novos elementos surjam, a prisão poderá ser convertida em preventiva.
A Polícia Civil não revelou os nomes dos demais suspeitos, mas informou que as manipulações envolveram partidas específicas, cujos detalhes ainda estão sob sigilo. A operação é conduzida pelo Grupo Antirroubo a Banco (GAB), vinculado à Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), e novas informações serão divulgadas em coletiva de imprensa ainda nesta quarta-feira.
Com informações do G1 Goiás
