A Polícia Civil de Codó, a cerca de 290 km de São Luís, investiga uma sequência de golpes financeiros aplicados por criminosos que se passam por atendentes de bancos. Segundo a corporação, o número de casos vem aumentando na cidade, com média de quatro a cinco denúncias por dia.
O golpe mais recorrente começa com uma ligação de uma suposta central de atendimento. De forma cordial e convincente, o falso atendente informa à vítima sobre um suposto problema na conta bancária e orienta a seguir instruções que resultam em prejuízos financeiros.
Em um dos casos, uma vítima recebeu um depósito inesperado de R$ 46 mil em sua conta. O valor, segundo descobriu depois, era de um empréstimo consignado feito em seu nome sem autorização. “Achei estranho porque não pedi esse dinheiro. Diziam que era para quitar um cartão”, relatou a vítima, que preferiu não se identificar.
Em outra ocorrência, mais de R$ 70 mil foram transferidos da conta de uma pessoa que acreditava estar resolvendo uma falha no aplicativo do banco.
Além das ligações, os golpistas utilizam anúncios falsos de vendas em redes sociais. Em geral, se passam por representantes bancários que oferecem ajuda para cancelar compras não autorizadas ou corrigir erros no sistema, atraindo vítimas por meio de canais aparentemente confiáveis.
Segundo o delegado Rômulo Vasconcelos, muitos golpistas migraram das capitais para o interior e atuam com dados obtidos ilegalmente. “Eles compram bancos de dados com informações de moradores da região. A recomendação é que a vítima procure o Juizado Criminal e entre com uma ação de cobrança com pedido de liminar para tentar recuperar os valores”, orientou.
Orientações à população:
- Não forneça dados pessoais ou bancários por telefone;
- Não clique em links enviados por SMS ou aplicativos de mensagem;
- Em caso de dúvida, entre em contato diretamente com o banco pelos canais oficiais;
- Denúncias podem ser feitas à Polícia Civil.