A cidade de Buriticupu, no interior do Maranhão, recebeu na sexta-feira (11) uma audiência pública para discutir os graves impactos ambientais e sociais provocados pelo avanço das voçorocas — erosões profundas que colocam em risco áreas urbanas e rurais do município.
A iniciativa foi liderada pela senadora Eliziane Gama (PSD) e contou com a presença de autoridades locais, representantes do governo federal, pesquisadores e membros da sociedade civil. O evento aconteceu na Câmara Municipal da cidade e reforçou a necessidade de ações emergenciais e estruturais para conter o problema.
Antes da audiência, uma comitiva realizou uma visita técnica às áreas mais críticas, acompanhada pelo prefeito João Carlos (Buriticupu), pela deputada estadual Edna Silva, vereadores, técnicos da Defesa Civil Nacional e representantes do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. Também participaram da vistoria representantes do Serviço Geológico do Brasil (SGB), incluindo o chefe de residência Jean Ricardo Nascimento.
Durante o debate, foram apontadas diretrizes para os próximos passos, como a realização de novos estudos técnicos, o fortalecimento de parcerias interinstitucionais e a articulação entre governos municipal, estadual e federal para enfrentamento da crise.
“A situação de Buriticupu é urgente e exige uma resposta coordenada. Precisamos unir forças entre poder público, universidades e a sociedade para construir soluções concretas”, destacou a senadora Eliziane Gama.
Estiveram presentes representantes do Ministério das Cidades, da Defesa Civil Nacional, do SGB, além de gestores municipais das cidades vizinhas, como o prefeito de Bom Jesus das Selvas, Franklin Duarte. Também participaram o Ministério Público Estadual, professores e estudantes da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), da UEMASUL e do Instituto Federal do Maranhão (IFMA).

Buriticupu é uma das cidades mais afetadas por voçorocas no país, com registros de desabamentos, perdas materiais e risco iminente para centenas de famílias. Especialistas alertam que o problema tende a se agravar com o aumento das chuvas e a ocupação desordenada do solo.