Mulher suspeita de enviar ovo de Páscoa envenenado é presa ao tentar fugir

A prisão ocorreu em um ônibus interurbano que saía de Santa Inês.
Mulher suspeita de enviar ovo de Páscoa envenenado é presa ao tentar fugir
Jordélia Matos foi presa ao tentar fugir em um ônibus (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil do Maranhão prendeu, na tarde desta quinta-feira (17), uma mulher identificada como Jordélia Matos Araújo, de 36 anos, apontada como a principal suspeita de ter envenenado um ovo de Páscoa que matou uma criança de 7 anos e deixou outras duas pessoas da mesma família internadas em estado grave. O caso foi registrado na ciade de Imperatriz, no sudoeste do estado.

A prisão ocorreu em um ônibus interurbano que saía de Santa Inês, durante uma ação conjunta com o Centro de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA).

Segundo as investigações, Jordélia é ex-namorada do atual companheiro de Mirian Lira, mãe da criança que morreu. Ela teria enviado o ovo de Páscoa à família, como um suposto presente, utilizando o serviço de um motoboy. Junto ao doce, havia um bilhete com a mensagem: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa.”

Após consumirem o ovo na noite de quarta-feira (16), Mirian Lira, seu filho Luís Fernando Rocha Silva, de 7 anos, e a filha Evelyn Fernanda, de 13, começaram a passar mal. Luís Fernando faleceu na madrugada seguinte, enquanto a mãe e a irmã foram levadas em estado crítico para a UTI do Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), onde permanecem entubadas.

De acordo com familiares, os sintomas começaram logo após o consumo do chocolate. “Ele disse para a mãe: ‘Mãe, eu tô mole’. Ela pensou que era brincadeira, mas em poucos segundos ele desmaiou. Ela correu até a casa da mãe dela pedindo ajuda”, contou Naíza Santos, irmã de Mirian.

Ainda segundo o relato, foi tentado um socorro emergencial: “Coloquei o dedo na garganta dele achando que estava engasgado. Ele soltou uma secreção amarela pela boca”, afirmou Naíza.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Imperatriz, que instaurou inquérito e segue ouvindo testemunhas. O corpo do menino passou por exame de necropsia no Instituto Médico Legal (IML), enquanto o Instituto de Criminalística (ICrim) foi acionado para análise dos materiais consumidos pelas vítimas.

A Polícia Civil aguarda os laudos periciais para confirmar a causa da morte e identificar com precisão a substância utilizada no envenenamento.