A família de Mirian Lira Rocha, de 32 anos, confirmou que ela foi extubada na tarde deste domingo (21) e apresenta melhora clínica significativa após dias internada em estado grave por suspeita de intoxicação alimentar. Mirian segue sob observação médica, agora na enfermaria, e está recebendo acompanhamento psicológico. Com o suporte da equipe médica, ela foi informada da morte do filho de 7 anos, que também ingeriu o ovo de Páscoa suspeito de envenenamento.
A filha de Mirian, Evely Fernanda Costa Silva, de 13 anos, permanece internada em estado grave, mas com quadro considerado estável até o último boletim divulgado.
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Entenda o caso
O episódio teve início após a família consumir um ovo de Páscoa supostamente adulterado com substância tóxica, entregue por Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos. Ela é ex-companheira do atual namorado de Mirian e foi apontada pela Polícia Civil como a principal suspeita de envenenamento. A motivação seria ciúmes e vingança, segundo apurações preliminares.

Jordélia foi presa preventivamente na última sexta-feira (19), após audiência de custódia, e no domingo foi transferida para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís. Ela estava detida inicialmente em Santa Inês (MA).
Durante o depoimento, Jordélia admitiu ter comprado o chocolate e entregue às vítimas, mas negou ter adicionado qualquer substância tóxica. A Polícia Civil segue com as investigações, que incluem perícias nos restos do doce, imagens de câmeras de segurança e análise de comprovantes de compras.
Tragédia familiar
Três pessoas da mesma família consumiram o doce: Mirian, sua filha de 13 anos e o menino de 7 anos, que não resistiu e faleceu na quinta-feira (18). O corpo foi sepultado no dia seguinte, em clima de comoção.
As autoridades trabalham para identificar com precisão a substância presente no ovo de Páscoa e esclarecer as circunstâncias da morte da criança. Enquanto isso, familiares pedem justiça e reforçam o apelo por respostas diante da brutalidade do crime.