Abastecer o carro com gasolina no Maranhão pesa mais no bolso do consumidor do que em qualquer outro estado do país. De acordo com o Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, desenvolvido em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), 10,8% da renda familiar no estado é comprometida com gastos com gasolina — o maior índice entre todas as unidades federativas.
O dado revela o forte impacto dos combustíveis no orçamento das famílias maranhenses. Para efeito de comparação, a média nacional é de 5,8%, e nas capitais brasileiras esse percentual cai para 3,9%, mesmo com o consumo maior nas regiões urbanas.
As regiões Norte e Nordeste concentram os maiores níveis de comprometimento da renda com gasolina, com 8% e 9,2%, respectivamente. Além do Maranhão, também se destacam no ranking negativo os estados do Acre (10,7%), Ceará (10,1%), Bahia (9,6%) e Alagoas (9,5%). Por outro lado, as menores proporções estão no Distrito Federal (3,3%), São Paulo e Santa Catarina.
Preços caem em maio, mas alta se mantém no acumulado anual
Apesar do impacto elevado, o levantamento indica estabilidade nos indicadores em relação ao primeiro trimestre de 2024. Isso é atribuído ao aumento da renda domiciliar, que contribuiu para manter o poder de compra das famílias mesmo diante de combustíveis ainda caros.
Em maio, houve leve queda nos preços:
- Diesel teve redução de 2,5%
- Gasolina comum caiu 0,5%
No entanto, no acumulado de 12 meses, todos os combustíveis registraram alta:
- Etanol: +12,7%
- Gasolina comum: +7,4%
- Gasolina aditivada: +7,2%
O cenário reforça que, apesar das variações pontuais, o custo de abastecimento segue em trajetória de crescimento no país, especialmente em regiões onde o comprometimento da renda já é elevado.
Com informações da Veloe