Gol e Azul assinam memorando para possível fusão das empresas

A definição de participação dependerá da saída da Gol do "Chapter 11" (recuperação judicial nos EUA), prevista agora para maio.
Gol e Azul assinam memorando para possível fusão das empresas
Gol e Azul assinaram parceria para união (Foto: Pascal Meier/Unsplash)

A Abra, holding que controla a Gol, e a Azul assinaram um memorando de entendimento (MOU) nesta quarta-feira (15) para tratar das negociações de uma possível união dos negócios das duas companhias aéreas brasileiras.

A informação foi comunicada oficialmente ao mercado por Gol e Azul.

O MOU detalha a estrutura de governança que será seguida caso o negócio avance. O plano é que a união se dê por meio de uma “corporation” (companhia sem controlador definido), com a Abra como principal acionista.

A definição de participação dependerá da saída da Gol do “Chapter 11” (recuperação judicial nos EUA), prevista agora para maio.

Estrutura de Governança

  • Conselho: Três conselheiros indicados pela Azul, três pela Abra e três independentes.
  • Presidente do Conselho (Chairman): Escolhido pela Abra.
  • CEO: Indicado pela Azul, com possibilidade de troca após três anos.

Declarações Oficiais

  • Gol: “O MoU representa uma fase inicial de negociação para explorar a viabilidade de uma possível transação, sem impacto na estratégia ou nas operações rotineiras da Gol. A companhia continua focada em concluir o ‘Chapter 11’.”
  • Azul: “Caso implementada, a operação manterá os certificados operacionais segregados sob uma única entidade resultante listada, com áreas combinadas para oferecer mais oportunidades e produtos aos clientes e obter ganhos de eficiência.”

Condições e Próximos Passos

  • Fechamento da Operação: Sujeito a concordância sobre os termos econômicos, conclusão satisfatória da due diligence, celebração de acordos definitivos, obtenção de aprovações corporativas e regulatórias, e consumação do plano de reorganização da Gol no “Chapter 11”.
  • Alavancagem: A futura empresa não poderá ter uma alavancagem maior que a da Gol. A Gol planeja sair do “Chapter 11” com uma alavancagem de cerca de 4,5 vezes, diminuindo para 2,7 vezes até 2027 e 1,9 vez até 2029.

O grupo prevê um endividamento líquido com melhora substancial devido à recuperação da frota operacional e à geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia para níveis regulares até 2026.