O Fluminense anunciou neste sábado, 18, que Paulo Henrique Ganso ficará afastado das atividades físicas do clube após ser diagnosticado com miocardite, uma inflamação no músculo do coração. Sem apresentar sintomas, o meio-campista será reavaliado em um mês.
O diagnóstico foi realizado durante os exames de pré-temporada. Ganso está sob cuidados médicos e poderá retornar aos treinos se a condição não persistir. A miocardite pode estar relacionada a um quadro viral agudo que o jogador teve em novembro.
Como o problema não foi identificado nos últimos seis anos em que Ganso esteve no Fluminense, o departamento médico acredita que o diagnóstico é recente. A miocardite é comum entre atletas e geralmente tem origem viral. É uma das principais causas de paradas cardíacas em esportistas, conforme o Journal of the American College of Cardiology.
O cardiologista Nabil Ghorayeb aponta que a prevalência de miocardites entre atletas é alta e está associada à queda na imunidade causada pelo excesso de treinos. Outros jogadores que já enfrentaram o problema incluem Evandro Costa (ex-Vasco), Biro-Biro (ex-Botafogo) e o zagueiro holandês Daley Blind.
Na sexta-feira, o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, comentou sobre a situação de Ganso em uma coletiva de imprensa.
O jogador fez uma contraproposta à oferta de renovação do clube, e Bittencourt acredita que a questão será resolvida em breve. O contrato atual de Ganso vai até o fim de 2025, com uma proposta de extensão por mais um ano.
Confira a nota oficial do Fluminense
“O Fluminense FC informa que o meia Paulo Henrique Ganso foi diagnosticado com uma pequena miocardite (inflamação do músculo do coração) durante os exames de pré-temporada da equipe. Sem qualquer sintoma, o atleta ficará afastado das atividades físicas, como parte do tratamento, estará sob os cuidados do departamento médico do clube e voltará a ser examinado em quatro semanas.
Caso não seja mais detectada a condição clínica, poderá voltar normalmente aos treinos. A miocardite foi adquirida recentemente, pois não havia sido detectada nos exames realizados no período de seis anos em que está no Fluminense. O mais provável é que seja em decorrência de uma gripe muito forte que o atleta teve em novembro.”
