O Hospital Maranhense, em São Luís, foi alvo de uma fiscalização do Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon/MA), após uma denúncia feita nas redes sociais por Aline Lindoso. Segundo ela, sua sobrinha, a menina Eloá, morreu após suposta negligência médica durante atendimento na unidade de saúde.
A criança deu entrada no hospital com sintomas da síndrome mão-pé-boca, apresentando dificuldades para se alimentar e episódios de vômito. Familiares relataram que Eloá precisou ser transferida para a UTI, mas a remoção só teria ocorrido horas depois — entre as 19h e por volta da meia-noite. A demora pode ter contribuído para o agravamento do quadro clínico, que terminou em óbito.
Durante a inspeção, o Procon identificou indícios de falha no atendimento, principalmente em relação à possível administração inadequada de medicamentos e à lentidão na transferência da paciente. Outra queixa dos familiares era sobre o prontuário médico da criança, que, segundo eles, não havia sido entregue. O documento, no entanto, foi apresentado e repassado aos responsáveis no momento da fiscalização.
O hospital foi autuado e o caso segue sob análise. Dependendo da apuração, podem ser aplicadas sanções com base no Código de Defesa do Consumidor.
Em declaração, a presidente do Procon/MA, Karen Barros, lamentou a morte da criança e afirmou que o órgão vai cobrar responsabilidades. “A perda de uma criança é uma tragédia irreparável. Nosso dever é garantir que casos como esse sejam rigorosamente apurados”, disse.
O caso segue acompanhado pelo Procon, que também atua em articulação com os órgãos de saúde para esclarecer a conduta do hospital.
O Portal VB solicitou um posiconamento do Hospital Maranhense, mas até o momento não houve retorno.