Comissão aprova proibição do uso de “chumbinho” no Brasil

A medida proíbe o porte, a comercialização, a distribuição e a fabricação da substância.
Comissão aprova proibição do uso de “chumbinho” no Brasil
Comissão aprovou projeto que proíbe o uso do chumbinho em todo o território nacional (Foto: Reprodução)

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável aprovou uma proposta que proíbe o uso da substância tóxica Aldicarbe, conhecida popularmente como “chumbinho”, em todo o Brasil. Além do uso, a medida proíbe o porte, a comercialização, a distribuição e a fabricação da substância.

Banimento do Aldicarbe

O Aldicarbe, um agrotóxico frequentemente utilizado de forma irregular como raticida doméstico, foi banido do mercado brasileiro em 2012 devido ao alto índice de intoxicações humanas e envenenamento de animais.

De acordo com a Anvisa, o “chumbinho” é um produto clandestino e não possui registro oficial em nenhum órgão do governo.

Infrações e impactos

Embora seu uso seja uma infração sanitária, o “chumbinho” continua sendo utilizado irregularmente, causando sérios danos à saúde e ao meio ambiente.

O deputado Delegado Matheus Laiola (União-PR), relator do Projeto de Lei 2278/24, incluiu a distribuição da substância entre as condutas proibidas.

Licença ambiental

O projeto também prevê a necessidade de autorização prévia do órgão ambiental competente para o uso de substâncias que representem risco à saúde pública e animal, especialmente em locais públicos ou de circulação livre.

Essa autorização será de caráter temporário e de curta duração para garantir um controle mais eficaz.

Penalidades

O descumprimento das novas medidas pode levar a uma multa mínima de cinco salários mínimos, além de outras penalidades previstas em lei.

A proposta também altera a Lei de Crimes Ambientais para aumentar a pena para quem produzir, comercializar, transportar ou usar substâncias tóxicas perigosas. A nova pena varia de dois a cinco anos de reclusão e multa.

Próximas Etapas

A proposta ainda será analisada pelas comissões de Saúde e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Após a aprovação nessas comissões, seguirá para discussão e votação no Plenário. Para se tornar lei, o texto precisa ser aprovado tanto pela Câmara quanto pelo Senado.

Essa medida visa proteger a saúde pública e o meio ambiente, reforçando o controle sobre o uso de substâncias perigosas no Brasil.

Com informações da Agência Câmara de Notícias