O empate sem gols entre Imperatriz e Maranhão Atlético Clube (MAC), neste sábado (5), pelo Campeonato Maranhense, ficou longe de ser apenas mais um jogo da 13ª rodada. Realizada no Estádio Frei Epifânio, em Imperatriz, a partida foi marcada por confusões dentro e fora de campo, expulsões polêmicas e uma grave denúncia de injúria racial.
O confronto era tratado como uma revanche para o Cavalo de Aço, que havia sido derrotado pelo MAC no primeiro turno, por 3 a 2, em São Luís. No entanto, mesmo jogando em casa e com vantagem numérica durante boa parte do segundo tempo, o Imperatriz não conseguiu furar o bloqueio adversário, e o placar terminou zerado.
Expulsões e polêmica com arbitragem
A etapa final concentrou os principais acontecimentos do jogo. Aos 33 minutos, o meia-atacante Emerson Carvalho, do MAC, foi expulso. Durante o lance, o árbitro Maykon Matos Nunes protagonizou um momento controverso ao empurrar o jogador Raílson, também do MAC. A atitude gerou revolta entre os atletas e comissão técnica, mas até o momento, o árbitro não se pronunciou sobre o episódio.
Pouco depois, o zagueiro Júlio Nascimento também recebeu cartão vermelho, deixando o time visitante com dois jogadores a menos em campo.
Denúncia de racismo
Nos acréscimos, uma nova polêmica tomou conta do estádio. O volante Raílson, do Maranhão, alegou ter sido vítima de ofensas racistas vindas da arquibancada. Um torcedor do Imperatriz, ainda não identificado, teria sido o autor das agressões verbais.
Segundo a assessoria do MAC, a Polícia Militar foi informada imediatamente, mas não teria adotado nenhuma medida no momento. Abalado, o jogador chorou copiosamente após o apito final, conforme relataram testemunhas. A diretoria do clube maranhense se dirigiu a uma delegacia da cidade para registrar boletim de ocorrência.
Posicionamento oficial do MAC
Por meio de suas redes sociais, o Maranhão Atlético Clube emitiu uma nota de repúdio à conduta do árbitro e aos episódios registrados na partida. No comunicado, o clube acusa o juiz de ter agredido fisicamente atletas da equipe e critica o excesso de cartões aplicados à delegação.
O texto também menciona o caso de racismo sofrido por Raílson, afirmando que o torcedor agressor foi levado à delegacia — informação que ainda não foi confirmada oficialmente pela Polícia Militar.
O presidente do clube, Carlos Eduardo Dias, também se pronunciou, exigindo providências das autoridades competentes e da Federação Maranhense de Futebol (FMF).
Próximos compromissos
O Imperatriz agora volta suas atenções para o próximo duelo no Estadual, contra o Moto Club, com data ainda a ser confirmada. Além disso, o time se prepara para a estreia na Série D do Campeonato Brasileiro, quando enfrentará o Parnahyba-PI fora de casa.
Já o Maranhão Atlético volta a campo na próxima quarta-feira (9), quando encara o Pinheiro em mais uma rodada do Maranhense.