Uma vistoria realizada nesta semana no Centro de Ensino Sotero dos Reis, localizado no Centro de São Luís, revelou uma situação alarmante de abandono estrutural. O prédio da escola, que atende mais de 700 alunos, apresenta risco de desabamento, infiltrações, rachaduras e ambientes tomados por mofo.
A inspeção foi conduzida por representantes da 1ª e 2ª Promotorias de Justiça de Defesa da Educação, que constataram que ao menos três salas estão interditadas devido ao risco iminente de queda do forro. Além disso, parte do telhado está comprometida, com risco real de desabamento.
“É uma situação que oferece risco à segurança de alunos, professores e funcionários. O prédio tem telhado comprometido, forro danificado, rachaduras nas paredes e janelas quebradas”, avaliou o promotor Lindonjonson Gonçalves de Souza, que acompanhou a vistoria junto à promotora Maria Luciane Lisboa Belo e à pedagoga Giovanna Serejo.
⚠️ Problemas estruturais em todos os setores
O cenário encontrado se repete por toda a unidade. Banheiros estão sem portas, com pisos rachados, descargas e vasos quebrados e iluminação precária. A sala dos professores e o espaço de Atendimento Educacional Especializado também estão deteriorados, com móveis danificados e janelas destruídas.
Na cozinha, falta equipamento básico e o refeitório precisa de reparos urgentes. O fornecimento de água também preocupa: apenas um bebedouro funciona, sem manutenção, e duas cisternas antigas, que não recebem cuidados, podem estar comprometendo a qualidade da água servida aos alunos.
🏫 Prédio antigo e última reforma há cinco anos
Fundada em 1937, a escola passou por sua última reforma em 2019, mas hoje enfrenta novamente uma situação crítica. Apesar do quadro de professores estar completo, a estrutura física da escola coloca em risco a rotina de quem depende do local.
📑 Ação do Ministério Público
Diante das condições encontradas, o Ministério Público do Maranhão notificou o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação, e deu um prazo de 10 dias úteis — a partir do último dia 15 de maio — para que o governo apresente uma resposta sobre as medidas que serão adotadas.
Com informações do MPMA
