São Luís é a quarta capital do país mais cara para se viver de aluguel, conforme dados do Índice FipeZAP, divulgados nesta terça-feira (14), com preço médio do metro quadrado a R$ 52,09.
A capital maranhense fica atrás apenas da líder, São Paulo. Florianópolis vem em segundo lugar e Recife fica na terceira colocação.
Para morar na capital paulista, é necessário desembolsar, em média, R$ 57,59/m² por mês. No caso de um imóvel de 50 metros quadrados, por exemplo, o valor médio de locação é de R$ 2.879.
Já a segunda capital mais cara fica na região Sul: Florianópolis (SC) tem custo médio mensal de aluguel de R$ 54,97/m². Para um imóvel de 50m², o valor chega a R$ 2.748.
O Recife (PE) vem em terceiro lugar, com custo de R$ 54,95/m² ou R$ 2.747.
O Índice FipeZAP acompanha o preço médio de locação de apartamentos prontos em 36 cidades brasileiras — sendo 22 capitais. Os dados são referentes a dezembro de 2024.
Paula Reis, economista do DataZAP, explica que fatores como a renda dos moradores das cidades, a densidade demográfica e a escassez de terrenos e imóveis ajudam a pressionar os preços de locação.
“São Paulo, por exemplo, é a maior cidade do Brasil e com um vasto mercado de trabalho. É densamente povoada e suas áreas mais valorizadas têm escassez de terrenos, o que limita a oferta — ainda que haja alta demanda —, impactando nos preços”, diz.
Na ponta de baixo da lista, três capitais do Nordeste concentram os aluguéis residenciais mais baratos do país. Eles chegam a custar menos da metade das cobranças em São Paulo e Florianópolis.
Teresina (PI) ocupa a última colocação do ranking, com imóveis a R$ 22,49/m². Logo à frente, estão Aracaju (SE), com custo de R$ 24,90/m², e Fortaleza (CE), de R$ 32,61/m². Seguindo o mesmo exemplo de imóveis de 50 metros quadrados, os aluguéis seriam de:
Teresina: R$ 1.124
Aracaju: R$ 1.245
Fortaleza: R$ 1.630
Média nacional subiu quase o triplo da inflação em 2024
Os novos contratos de aluguéis residenciais ficaram, em média, 13,50% mais caros em 2024, segundo o Índice FipeZAP. O resultado ficou 2,66 pontos percentuais (p.p.) abaixo do registrado em 2023, quando o avanço foi de 16,16%.
O aumento anual foi quase o triplo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, que avançou 4,83% no ano. Com isso, a alta real dos novos aluguéis (descontada a inflação) foi de 8,67%.
Com informações de André Catto, g1 — São Paulo