Influenciadora é presa por suspeita de envolvimento com facção criminosa

A jovem estava foragida desde o dia 30 de abril, quando foi deflagrada a operação Faixa Rosa.
Influenciadora é presa por suspeita de envolvimento com facção criminosa
Lalazinha foi presa durante operação do Draco (Foto: Divulgação)

A influenciadora digital “Lalazinha”, de 19 anos, foi presa na tarde desta sexta-feira (23) durante uma operação do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), em Teresina. Ela é suspeita de integrar uma facção criminosa e usava as redes sociais para ostentar armas, drogas e até ameaçar autoridades. Outros influenciadores também foram presos, entre eles “Lokinho”.

A jovem estava foragida desde o dia 30 de abril, quando foi deflagrada a operação Faixa Rosa, que tem como alvo mulheres com atuação direta em atividades criminosas no Piauí. A operação se estendeu por oito bairros de Teresina e também pelos municípios de Timon (MA), Demerval Lobão e Nazária.

“Lalazinha” ganhou notoriedade nas redes ao compartilhar conteúdos que exibiam armas de fogo, drogas e mensagens que exaltavam o crime, além de desafios às forças de segurança. De acordo com o delegado Charles Pessoa, coordenador do DRACO, a influenciadora tinha função estratégica na facção, utilizando sua visibilidade digital para atrair novos integrantes, especialmente jovens, e fortalecer a imagem do grupo.

— Essa prisão tem um significado simbólico importante. Rompe com a tentativa de transformar o crime em espetáculo nas redes sociais, o que acaba seduzindo muitos jovens — destacou o delegado.

A prisão da influenciadora faz parte do avanço da operação Faixa Rosa, que mira diretamente na atuação de mulheres ligadas às facções criminosas. Segundo a Polícia, a estratégia visa combater não apenas os crimes, mas também a influência cultural dessas organizações no ambiente digital.

A jovem não reagiu no momento da prisão e foi levada à sede do DRACO, onde passou pelos procedimentos de praxe. A operação contou com apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI).

As investigações continuam para identificar outros envolvidos que utilizam as redes sociais para fortalecer e promover atividades criminosas na região.