Julgamento de ex-PM acusado de matar médico em Imperatriz é marcado

Crime aconteceu no dia 26 de julho de 2021, em uma boate na Avenida Beira-Rio, após suposto assédio a uma mulher.
Julgamento de ex-PM acusado de matar médico em Imperatriz é marcado
Adonias Sadda Sousa Costa será julgado pela morte do médico Bruno Calaça (Foto: Reprodução)

A Justiça do Maranhão agendou para 30 de janeiro o julgamento de Adonias Sadda, ex-policial militar acusado de matar o médico Bruno Calaça. O julgamento ocorrerá no Fórum de Justiça de Imperatriz.

O Crime

O homicídio aconteceu em 26 de julho de 2021, na casa de festas Dell Lagoa, na Avenida Beira-Rio em Imperatriz. Entre os motivos para o crime estaria uma suposta tentativa de assédio, tendo como alvo a namorada de um irmão do médico assassinado. O fato desencadeou um desentendimento dentro da boate.

A morte do jovem foi flagrada pelas câmeras de segurança do próprio estabelecimento e viralizou nas redes sociais. Nas imagens, Bruno aparece sentado no palco, com alguns amigos e irmãos, até que é abordado pelo militar e outro homem.

Antes de irem até a vítima, eles aparecem conversando e gesticulando, bem próximos. Os dois chegam perto do médico e, no vídeo, é possível ver que o homem fala algo e o empurra logo depois. Ele então se defende, e o soldado puxa a arma atirando à queima roupa, atingido o peito da vítima.

Bruno Calaça fica alguns segundo de pé e depois cai, enquanto a dupla sai do local.

Após ser preso, Sadda foi expulso da corporação.

Segundo o juiz Marcos Antonio Oliveira, da 2ª Vara Criminal, Sadda matou Bruno Calaça por motivos fúteis e desproporcionais.

Diante das provas, ele será julgado por homicídio qualificado, por motivo fútil e mediante emboscada.

Outras pessoas envolvidas

Além de Adonias Sadda, Ricardo Barbalho, bacharel em Direito, também responde pelo crime. Imagens de segurança mostram Barbalho com Sadda e o empresário Waldex Cardoso, conversando antes de irem ao encontro de Bruno Calaça.

Os dois também serão julgados, mas seus processos foram desmembrados e ainda não há data para seus julgamentos.

Alegações de defesa

Adonias Sadda afirmou que o tiro foi acidental, alegando ter sido chutado por Bruno Calaça antes do disparo. No entanto, um laudo pericial desmentiu a versão do ex-policial, indicando inconsistências entre a lesão apresentada e seu depoimento.

Histórico de Adonias Sadda

Cinco anos antes, Sadda foi absolvido de um caso de abuso de autoridade. Ele havia sido acusado de agredir uma advogada durante uma abordagem policial. Segundo a denúncia, ele deu um soco na advogada, que era passageira de um veículo realizando manobras perigosas.