Mergulhadores retiraram 10 bombonas de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins, após o desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. As embalagens, que contêm aproximadamente 20 litros de defensivo agrícola, faziam parte de uma carga total de 20 mil litros transportada por um caminhão.
A retirada foi realizada por mergulhadores contratados pela empresa Sumitomo, responsável pela carga. A operação terá continuidade com acompanhamento da equipe de Emergência Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Segundo o Ibama, a operação começou na manhã de terça-feira com um mergulho de reconhecimento de área, e à tarde os mergulhadores conseguiram retirar as 20 bombonas. As embalagens continham três tipos de agrotóxicos:
– Carnadine (ingrediente ativo: acetamiprido) – usado no controle de pragas em plantações;
– PIQUE 240SL (ingrediente ativo: picloram) – recomendado para o controle de plantas infestantes;
– Tractor (ingredientes ativos: picloram + 2,4-D trietanolamina) – usado no controle de plantas daninhas em áreas de pastagens.
Na segunda-feira (6), o Ibama informou que tanques com ácido sulfúrico no leito do rio Tocantins apresentaram pequenos vazamentos. Embora o volume exato não tenha sido confirmado, estima-se que cerca de 23 mil litros, de um total de 63 mil litros, tenham vazado. O ácido sulfúrico é uma substância altamente corrosiva e oxidante, mas não inflamável. A Marinha do Brasil informou que, das 17 vítimas do desabamento da ponte, 14 foram localizadas e identificadas, enquanto três pessoas continuam desaparecidas: Salmon Alves Santos, de 65 anos, Felipe Giuvannuci Ribeiro, de 10 anos (avô e neto, respectivamente), e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.