Mulher é investigada por aplicar golpe do Pix em arenas esportivas de SL

Em pelo menos em dois estabelecimentos, o prejuízo ultrapassou os R$ 22 mil, conforme a polícia.
Mulher é investigada por aplicar golpe do Pix em arenas esportivas de São Luís
Em pelo menos em duas arenas, o prejuízo ultrapassou os R$ 22 mil, conforme a polícia (Foto: Reprodução)

Uma mulher está sendo investigada por supostamente aplicar golpes envolvendo comprovantes falsos de Pix em várias arenas esportivas de São Luís. Segundo vítimas, ela presidia o grupo de vôlei “Vôlei das Quintas” e alugava quadras, mas enviava comprovantes de pagamento falsificados.

O caso está registrado no 9º Distrito Policial do bairro São Francisco e, até o momento, envolve denúncias de três donos de estabelecimentos, mas há indícios de que outras arenas também tenham sido afetadas.

A ODT Beach, localizada no Olho d’Água, foi a primeira a registrar ocorrência. De acordo com a gerente, Isabela Amorim, o golpe foi descoberto após um suposto pagamento de R$ 80 na lanchonete do local, que não constou na conta. “Ela, sem questionar, pagou no débito. Em seguida, comprou um pacote de treino de R$ 280, e novamente o dinheiro não chegou”, contou Isabela. A partir disso, a arena revisou o histórico de pagamentos e constatou um débito de R$ 13 mil.

Segundo Isabela, ao ser confrontada, a mulher alegou problemas com o setor financeiro do grupo e prometeu resolver a situação, mas não cumpriu o acordo. “Ela garantiu que faria um pagamento inicial de R$ 3 mil para cobrir parte do prejuízo, mas isso nunca aconteceu”, relatou.

Mickson Guedes, sócio da Arena Premium, soube do golpe após contato com a ODT Beach. “Verificamos os comprovantes e identificamos que fomos vítimas da mesma fraude, com um prejuízo de R$ 9,4 mil”, afirmou.

O delegado Paulo Roberto, titular do 9º DP, confirmou que a investigação está em andamento. “Estamos apurando as denúncias, ouvindo as vítimas e aguardando o comparecimento da suspeita. A partir daí, decidiremos sobre o indiciamento”, explicou. Se confirmadas as fraudes, ela poderá responder por furto mediante fraude com agravantes.

Além disso, foi apurado que a mulher já possui uma condenação por danos materiais em outro caso semelhante. Em 2023, ela deixou de pagar R$ 2.700 após organizar uma festa de réveillon em um complexo esportivo no bairro Vinhais. O processo foi julgado à revelia porque a suspeita não compareceu à audiência.

O grupo “Vôlei das Quintas” publicou uma nota nas redes sociais afirmando que desconhecia as ações da mulher. “Estamos chocados e decepcionados. Nenhum valor deve ser enviado para contas vinculadas ao projeto”, diz o comunicado.

A polícia segue investigando o caso e reforça que outras vítimas devem procurar a delegacia para formalizar as denúncias.

Por Aidê Rocha