Pix automático começa a funcionar nesta segunda para todos os bancos

A ferramenta chega como um alívio especialmente para quem não possui cartão de crédito.
Pix automático começa a funcionar nesta segunda para todos os bancos
Pix automático começou a funcionar nesta segunda-feira, 16 (Foto: Bruno Peres)

Entrou em vigor nesta segunda-feira (16) o Pix automático, nova modalidade que promete substituir o débito automático e facilitar o pagamento de contas recorrentes, como luz, água, escola, academia e serviços por assinatura. A ferramenta, desenvolvida pelo Banco Central, passa a ser oferecida por praticamente todos os bancos e instituições financeiras do país — e chega como um alívio especialmente para microempreendedores, prestadores de serviços e consumidores sem cartão de crédito.

Desde o fim de maio, o Banco do Brasil já havia liberado a funcionalidade para seus clientes. Agora, com a adesão das demais instituições, o recurso deve alcançar milhões de brasileiros que desejam automatizar pagamentos com mais praticidade e segurança.


O que é e como funciona o Pix automático?

O Pix automático é uma extensão do sistema tradicional do Pix, com foco em pagamentos recorrentes. Ao receber uma solicitação de cobrança de uma empresa, o cliente pode autorizar, de forma única, que o valor seja debitado automaticamente de sua conta, em períodos definidos: semanal, mensal, bimestral ou até anual.

🔁 Como funciona na prática:

  1. A empresa envia um pedido de autorização para o cliente.
  2. O cliente acessa o app do banco e vai até a aba “Pix automático”.
  3. Após ler os termos, pode definir valor, frequência e limite da cobrança.
  4. A partir da data combinada, os pagamentos são feitos automaticamente.
  5. A qualquer momento, o usuário pode cancelar ou ajustar os termos da cobrança.

A funcionalidade está disponível 24h por dia, sete dias por semana, inclusive em feriados.


Quem pode usar?

O Pix automático está disponível para pessoas físicas como pagadores e para empresas e prestadores de serviço como cobradores. Para transferências entre pessoas físicas (como mesadas ou pagamento de diaristas), continua valendo o Pix agendado recorrente, obrigatório desde outubro de 2024.

Principais contas que podem ser pagas via Pix automático:

  • Contas de consumo (água, luz, telefone)
  • Mensalidades escolares
  • Mensalidades de academias
  • Serviços de streaming e assinatura
  • Clubes de assinatura (livros, cafés, vinhos)
  • Serviços prestados por MEIs e pequenos negócios

Por que ele é útil?

O Pix automático facilita tanto para quem paga quanto para quem cobra:

📌 Para o consumidor: elimina o risco de esquecer boletos e garante mais controle sobre os débitos.

📌 Para empresas: substitui o antigo débito automático, antes restrito a grandes companhias com convênios bancários. Agora, até um MEI pode oferecer cobrança automática — desde que esteja com o CNPJ ativo há mais de seis meses.


E a segurança?

O Banco Central estabeleceu um conjunto de regras rigorosas para evitar golpes. A principal preocupação é com empresas falsas que possam enviar cobranças indevidas para contas de terceiros.

🔒 O que os bancos precisam checar antes de liberar o serviço a uma empresa:

  • Data de abertura do CNPJ e situação dos sócios no CPF
  • Atividade econômica compatível com o serviço oferecido
  • Histórico de uso de meios de cobrança e frequência de transações
  • Faturamento, capital social e quantidade de funcionários

Além disso, o usuário sempre será informado e precisará autorizar previamente qualquer cobrança, com opção de ajuste ou cancelamento.


Em resumo

Com o Pix automático, o Banco Central dá um passo importante para digitalizar ainda mais os meios de pagamento no Brasil. A promessa é de mais facilidade, inclusão e segurança — principalmente para os 60 milhões de brasileiros que não têm cartão de crédito, mas precisam manter em dia pagamentos recorrentes.

🟢 Fique atento: sempre confira os dados da empresa antes de autorizar uma cobrança. Em caso de dúvida, cancele a autorização e entre em contato com seu banco.

Com informações da Agência Brasil