Remoção do Pedral do Lourenço amplia transporte fluvial e reduz custos logísticos

A iniciativa traz benefícios diretos aos estados do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Remoção do Pedral do Lourenço amplia transporte fluvial e reduz custos logísticos
A iniciativa traz benefícios diretos aos estados do MATOPIBA (Foto: Antônio Cavalcante)

A remoção do Pedral do Lourenço no Rio Tocantins, autorizada pelo Ibama no final de maio, deve impulsionar a economia brasileira e reduzir custos logísticos no transporte da produção agrícola. A obra, que vai dragar e remover cerca de 40 quilômetros de formação rochosa no leito do rio, deve aumentar a capacidade de escoamento de grãos e outras cargas para mais de 20 milhões de toneladas por ano – o equivalente a 500 mil caminhões.

A hidrovia do Tocantins, que liga o município de Peixe (TO) a Belém (PA) em um trajeto de 1.700 quilômetros, é vista como uma alternativa sustentável e competitiva ao transporte rodoviário. Segundo o secretário Nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes, a iniciativa traz benefícios diretos aos estados do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que hoje dependem quase exclusivamente do transporte terrestre.

“A alternativa aquaviária é a que emite menos poluição, tem menos riscos de acidentes e atropelamentos de fauna. Vai gerar uma redução de até 30% nos custos logísticos e abrir novas oportunidades de exportação para a produção local”, destaca Dino Antunes.

Além de melhorar a competitividade da safra, o projeto deve impulsionar o desenvolvimento regional com geração de empregos diretos e indiretos e atração de investimentos privados. A execução da obra seguirá diretrizes socioambientais, com 26 programas aprovados, incluindo o monitoramento da fauna, instalação de uma Base de Atendimento Veterinário, ações de educação ambiental e um projeto-piloto de derrocamento subaquático.

A dragagem e remoção do Pedral do Lourenço será realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em parceria com a Antaq e o BNDES. O projeto integra o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal e está alinhado à futura concessão da Hidrovia do Tapajós, que vai expandir o transporte fluvial na Amazônia Legal.

Com informações do Brasil 61