IPVA: Veículos de Estreito, Carolina e Porto Franco têm prazo prorrogado

A decisão foi tomada devido à situação de emergência, após a ponte desabar no fim do ano passado.
Veículos de Estreito, Carolina e Porto Franco têm prazo prorrogado para pagar IPVA
Veículos de Estreito, Carolina e Porto Franco têm prazo prorrogado para pagar IPVA (Foto: Reprodução)

O Governo do Maranhão, por meio da portaria 29/2025 da Secretaria de Fazenda do Maranhão (Sefaz), anunciou a prorrogação do início do pagamento parcelado do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para julho de 2025. A medida é específica para veículos licenciados nos municípios de Estreito, Carolina e Porto Franco.

A decisão foi tomada devido à situação de emergência em Estreito, declarada pelo Decreto Municipal n° 33 de 27 de dezembro de 2024, e pela Portaria nº 4.311 de 30 de dezembro de 2024, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

O governador Carlos Brandão ressaltou o compromisso do estado em mitigar os impactos do desastre ocorrido no final de 2024 na região.

Novos prazos e benefícios

Para os proprietários de veículos em Estreito, Carolina e Porto Franco, o prazo de pagamento das parcelas do IPVA foi ampliado, com vencimento a partir de julho de 2025, conforme o final da placa.

Nos demais municípios, a primeira parcela do IPVA 2025 vence em março.

Desconto para pagamento à vista

Os contribuintes de todo o estado que optarem pelo pagamento à vista até 28 de fevereiro receberão um desconto de 10% no valor total do IPVA.

Colapo da ponte

A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta os estados do Tocantins e do Maranhão, desabou no dia 22 de dezembro de 2024. Famílias de 14 vítimas confirmadas lamentam as perdas, enquanto parentes de três pessoas ainda desaparecidas nas águas do Rio Tocantins vivem a angústia da espera.

A ponte desabou quando o vão central da estrutura, com mais de 60 anos, cedeu. O colapso levou dez veículos e seus ocupantes ao rio. Dezoito pessoas foram vítimas do desastre, com apenas uma sobrevivente.

Moradores dos dois estados já haviam alertado as autoridades sobre a situação precária da estrutura. A ponte, inaugurada na década de 1960, servia como travessia no corredor Belém-Brasília. Inspeções realizadas em 2019 pelo Dnit indicaram a necessidade de melhorias que não foram implementadas a tempo.

Vítimas identificadas

Até agora, 14 dos 17 corpos desaparecidos foram encontrados. As autoridades continuam a busca por três pessoas. Entre as vítimas encontradas estão:

Lorranny Sidrone de Jesus (11 anos)

Kecio Francisco Santos Lopes (42 anos)

Andreia Maria de Souza (45 anos)

Lorena Ribeiro Rodrigues (25 anos)

Anisio Padilha Soares (43 anos)

Silvana dos Santos Rocha Soares (53 anos)

Elisangela Santos das Chagas (50 anos)

Ailson Gomes Carneiro (57 anos)

Rosimarina da Silva Carvalho (48 anos)

Cássia de Sousa Tavares (34 anos)

Cecília Tavares Rodrigues (3 anos)

Beroaldo dos Santos (56 anos)

Dois corpos ainda não foram identificados.

Investigações

A Polícia Federal e outros órgãos ministeriais continuam apurando as causas do desmoronamento, buscando respostas para prevenir futuras tragédias. As comunidades dos dois estados esperam por justiça e pela implementação de medidas de segurança necessárias para evitar que novos desastres ocorram.